quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Critica: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada

Tudo estava bem. Pouco mais de 9 anos após o lançamento do livro Harry Potter e as Relíquias da Morte, chegou às livrarias do mundo inteiro os exemplares de Harry Potter and the Cursed Child. A oitava história do bruxo mais famoso do mundo era para muitos novidade, para alguns, uma continuação que não deveria existir, e para outros, o retorno à magia. Mas a verdade é que seja lá o que você esperava ler em Cursed Child, o livro superará suas expectativas.

Primeiramente, devemos reafirmar o que todos já sabem: se trata de um roteiro. Como roteiro, você não vai encontrar longas descrições sobre pensamentos, cenários, ambientes e tudo mais. Se trata de uma breve descrição das ações com as falas dos personagens. Aos fãs que temiam esse formato, não temam mais. É possível ver que embora não esteja como autora principal, J.K. Rowling está por trás de cada linha daquela. E além disso, a rapidez dos acontecimentos garante que a leitura seja envolvente e que o leitor se perca no meio dos acontecimentos.

O inicio, propositalmente conturbado com informações e uma nostalgia inigualável, joga o leitor no meio da história e faz com que não queira voltar mais. Não existe toda aquela introdução explicativa e tudo mais: você começa a ler e já está a lado de Harry, Ron, Hermione e seus filhos. E na próxima cena, já vê surgir os problemas que levarão ao desenvolvimento do livro. No meio do roteiro, já está imerso em um turbilhão de problemas que parecem sem solução e quando menos percebe, já está no clímax e em seu final.

Em relação ao roteiro, evitaremos spoilers. Mas tudo que se teve em Harry Potter está tudo ali: a nostalgia de Harry com seus amigos lutando por algo, as ligações com os acontecimentos passados da saga, um plot twist de fazer qualquer um perder o fôlego, as lições sobre temas filosóficos, as novidades sobre a nova geração de bruxos, e claro, até mesmo um pouco (ou nem tão pouco assim) de fan-service.

O roteiro explica muito bem a função de sua história como peça: você consegue notar que aquela história foi construída para o teatro. Não poderia acontecer de maneira diferente de uma forma tão concisa: se fosse romance, seria muito maior e complexo, e para o cinema, você terá que ler para saber os motivos. Além disso, não há muito mais a se dizer sobre esse livro. A Diagramação, as artes, a coerência e a divisão de partes são perfeitas.

Harry Potter and the Cursed Child é, por definição, um livro de J.K. Rowling. É a segunda oportunidade dos fãs dizerem adeus à saga em uma obra de arte que não deixa muitas palavras para descrevê-la. A torcida agora é para termos a peça no Brasil e saber o que a Warner pretende fazer com seus direitos. Além disso, só nos resta reafirmar: Tudo estava bem.

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