sexta-feira, 8 de julho de 2016

Esquadrão Suicida - Por que o Coringa de Jared Leto causou no set do filme


Método é o que todos os atores fazem todas as vezes que atuam bem”, ironiza Lee Strasberg sobre a polêmica escola de atuação que desenvolveu em cima das teorias de Constantin Stanislavski. O público geral, porém, entende “método” como a forma do ator se transformar no personagem, misturando vida real e ficção.
Daniel Day-LewisChristian BaleShia LaBeouf e Edward Norton são alguns dos nomes conhecidos por abusarem da técnica, passando meses “fora de si”, adotando transformações físicas radicais. Jared Leto é o caso mais recente. O músico/ator, que levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante como o travesti soropositivo de Clube de Compras Dallas (2013), domina quase todas as notícias relacionadas a Esquadrão Suicida com relatos do seu comportamento bizarro no set.
Pelo método de Strasberg, o ator precisa desenvolver em si mesmo os pensamentos e emoções do personagem. Objetivo que pode ser cumprido resgatando memórias similares, buscando em si as motivações para o comportamento descrito no roteiro. Contudo, como se trata de uma técnica baseada em experiências pessoais, muitos atores, como Leto, escolhem replicar nas suas vidas as situações da ficção para ganhar o conhecimento prático exigido pelo papel. Para interpretar Coringa, ele se transformou no príncipe palhaço do crime.
Com o ator assumindo a vida de gângster psicopata 24 horas por dia, a recomendação no set deEsquadrão Suicida era de distância e respeito. “Sr. J” e “Smiley” eram as formas corretas de se referir a ele, que interagia “no personagem” com toda a equipe: "Parece que você está na presença do Coringa. Quando ele pergunta coisas sobre as armas você se sente um dos capangas dele", contaCharles Taylor, ex-policial, encarregado das armas do filme.
A equipe comandada pela figurinista Kate Hawley foi avisada pelo próprio Leto sobre a intensidade que ele levaria para os bastidores: “Eu não o chamava de Jared. Era ‘E então Sr. J, que tal isso?’, conversas assim”, conta a assistente Renee Fontana, “Ele ficava no personagem, às vezes tentava nos apavorar, mas somos mulheres fortes. Por mais que tenha tentado o Coringa não conseguiu nos assustar ‘Sim, sim, você vai precisar de mais do que isso’, respondíamos. Ele só rosnava para nós. Mas nós brincávamos também”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário